Livro/ História

Episodio 1
Se algumas vez acreditei que algumas coisas eram impossíveis de explicar e duvidei da própria razão foi porque eu própria nunca me senti normal, sentia-me excluída deste mundo que me rodeava, este não era o meu mundo... -Alice acorda!

Abri os olhos, já tinha acabado a aula de História e apenas estavam na sala a Kris e a Mary estáticas sussurrando piadas devido à minha embaraçosa situação.

-Dormiu bem...a História dá soninho não dá? -Disse a Kris sarcasticamente

-Podes crer que dá. O que é que demos na aula?

- Apenas corrigimos os T.P.C e tivemos a tratar do jardim, fica descansada. Mas o que se passa, a Kris é normal adormecer mas agora tu, o que se passa? - Perguntou a Mary com um ar curioso

- Não ando a dormir bem ando a ter uns sonhos estranhos

- Não me digas que são sonhos perversos com o idiota do David?

- Essa ofendeu, é claro que não ando a ter sonhos perversos com aquele parvo ando a ter sonhos...

- Não queria interromper a nossa conversa mas estou a morrer de fome, podíamos ir comer - disse Mary

-Está bem esfomeada, esperemos que não morras pelo caminho - disse Kris sarcástica como sempre

Percorremos o longo corredor até à cantina, este tinha uma construção antiga, as paredes forradas de azulejo com uma pintura que não conseguia descrever. Este normalmente estava cheio, com os alunos a comentar as fofocas da escola, enfim coisas idiotas. O aroma frio a suor misturado com o aroma de poluição que vinha da entrada do portão da escola incomodava o meu nariz que ainda não se tinha habituado a este cheiro.

Ainda não disse nada sobre a Kris e a Mary, bem o que posso dizer é que foram as primeiras pessoas que conheci quando aqui cheguei, sempre muito amáveis comigo, tornando-se, assim as minhas melhores amigas, por assim dizer.

A Kris tinha os olhos cor de mel, o cabelo castanho claro curto, sempre com o seu ar seguro e um pouco cómica, gostava de andar sempre a pisar o risco, deixando-se muitas vezes levar pela adrenalina, que isto lhe dava. Penso muitas vezes que gostava de ter aquela segurança que ela transmitia, posso até dizer que tinha inveja daquela sensação. Ah já me esquecia ela não era bem portuguesa, ela tinha vindo de Nova Iorque, a cidade que nunca dorme, ainda pergunto-me porquê que veio para Portugal, mas por outro lado ainda bem, assim não a teria conhecido.


A Mary tinha uns cabelos castanhos-escuros encaracolados, os seus olhos castanhos-escuros, eram quase confundidos com preto, faziam-me lembrar o chocolate, mas o contrário da intensidade dos seus olhos, ela era muito tímida e por vezes demasiado crente, o que fazia ser extremamente influenciável, mas esta tinha um bom coração o que fazia que tivesse sempre bons amigos.

E por fim eu, o que posso dizer! O meu cabelo liso e comprido, por vezes cheio de jeitos, o que me irritava, era castanho claro, os meus olhos eram acinzentados, como a cor de nevoeiro, estava sempre a tentar ser simpática para os outros, desde que eles fossem comigo. Não suportava pessoas irritantes, mesquinhas, que só se metem na vida dos outros.

 

Episódio 2

Bem, por fim entramos no refeitório, o cheiro de pizza ainda quente, abriu-me o apetite, por isso fomos buscar a comida e sentamo-nos.
Observei a sala, e esta estava dividida, entre os populares, os marrões, os nerds, os desportistas, os solitários, e no final os que não ligavam aos grupinhos, e que se davam com toda a gente, e aí encontrávamo-nos nós, no meio desta burocracia e hierarquia, tal como eu, a Kris e a Mary, nunca foram muito de grupos, nós apenas estávamos juntas porque gostávamos de andar juntas.

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Estava eu muito bem a comer a minha bela e deliciosa fatia de pizza, quando me lembrei que ia fazer 14 anos daqui a uma semana, e…
- Kris! Tas na lua!? – Perguntou a Mary
- Se calhar até estava! Olhem quero perguntar-vos uma coisa.
- Diz – disse a Alice
- Bem, é assim, daqui a uma semana eu…
- Tu vais fazer anos! – Interrompeu a Mary, sempre muito pertinente.
- Pois, e eu quero combinar algo, como por exemplo uma festa o problema é que não sei se os meus pais deixam-me fazer uma.
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- Pois é, já és quase bebé – disse eu fazendo uma piada
- Sim, sim Alice - disse a Kris
Pensei então no que eu lhe iria dar
- Kris, então o que queres para os anos?
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- Bem para os meus anos gostava de ter sopas e descanso
- Ah, ah, ah, que piada – disse a Alice
- Agora a sério não quero nada!
- Tens de querer! – disse a Mary
- Quando és tu também dizes que não queres nada, por essa razão eu tenho todo o direito a dizer que não quero nada como presente - respondi eu, e muito bem.
- Está bem! Mas não penses que nós não te vamos oferecer nada – respondeu a Mary
- Muito bem! – disse eu satisfeita, dou esta conversa por terminado – Ah! Quero avisar-vos que não irei às aulas da tarde
- Então o que vais fazer? – perguntou a Alice
- É só uma tarde de uma hora e meia! Não vou perder nada de especial. Então até logo, se os professores perguntarem digam que não me estou a sentir muito bem, que me dói a barriga, o que na verdade está mesmo.

Episódio 3

As aulas recomeçaram e nenhum sinal da Kris. Onde estaria ela?
Alice - chamou a Mary.
Sim o que se passa? – Perguntei eu
Sabes alguma coisa da Kris?
Não. A última vez que falei com ela estava contigo no refeitório a comer a minha deliciosa fatia de pizza e foi quando ela disse que não viria as aulas da tarde
Onde estaria a kris? – pensei eu – Algo não estava bem não sei porque mas sentia-o. Algo iria mudar para sempre…
Nessa noite fui para casa, jantei e liguei o computador desejando encontrar lá a Kris, fui ao msn e lá estava ela
- Olá. Bem aparecida seja!
-Olá Alice.
- O que se passa? Que vozinha é essa?
-Sabes esta tarde fui ter com os meus primos Americanos e eles querem que eu vá viver com eles para New York.
-Mas eles não são teus pais não podem fazer isso.
-Podem pois, arranjaram à minha família emprego e já me arranjaram vaga numa escola, agora é só ir para lá, e eles querem que sege o mais rápido possível.
- Tu não podes ir embora, depois quem é que reclamava comigo quando me ponho a cantar durante a vídeo - chamada
-Alice, por um lado quero ir para lá mas por outro quero ficar contigo, Mary e com o resto do pessoal
- Kris fala com os teus pais convence-os que ficar é o melhor para todos…
De repente o telefone tocou
-Olá Alice. Sabes da Kris? – Perguntou da Mary
- Estou a falar com ela.
- O que se passa? Porque estás com essa voz?
-Ela vai para New York.
Seguiu-se um silêncio do outro lado da linha
-Mary estás aí ?
-Ela não pode ir, diz-me que isto é para os apanhados ou é alguma piada.
-Antes fosse …
-Olá estou aqui não te esqueças!- disse a Kris
-Desculpa Kris – Tenho aqui uma pessoa que quer falar contigo

Episódio 4

Episodio 4
- kris não podes ir embora - disse a Mary e a Alice do outro lado do ecrã.
Eu nunca pensara que o meu maior desejo se vira a tornar no meu maior pesadelo, desejava acordar ao ver a dor que estava a causar às melhores amigas, às minhas maninhas. Aqueles que me seguravam quando caía e que se riam quando eu “ metia a pata na possa”.
Éramos uma família. Nunca tinha desejado isto, isto tinha de ser resolvido e era naquele momento.
- O que iria eu fazer sem a minha maninha?
Desde que me afastara para sempre dos grupos eu nunca tinha estado sem a Kris mesmo depois da Alice se ter juntado a nós a Kris era o laço que a nós a Kris era o laço que nos unia era algo impossível de substituir.
Desde que a Andreah me tinha excluído do grupo dela por usar um camisa igual à dela no mesmo dia nunca mais tivera uma amiga como ela para além da Kris.
A Alice era boa pessoa e coisa e tal mas nada comparado à Kris, claro que também a adorava, era a minha mana mas não era a mesma coisa.

- Outra vez sozinha, boa Alice, tu deves afugentar todos os teus amigos…
Tinha acabado de perder a minha melhor amiga e naquele momento estava-me a passar – Isto era a única coisa que me vinha à mente, queria chorar, gritar, o que fosse preciso, a Kris não podia ir embora, ela era a minha BFF, era tudo para mim, sentia-me perdida.
Não queria continuar…


Episodio 5

Entrei de rompante pela sala mas ao ver tudo empacotado percebi que não havia volta a dar estava de partida. Isto fez-me lembrar o dia em que tinha vindo para Portugal, para ser mais exacta, quando vim para Lisboa. Lembrara-me o quanto estranhei, principalmente a língua.
Nunca tinha pensado deixar isto tão depressa apesar de ter desejado várias vezes.
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Estava mal mas sabia que não valia apena chorar, tinha de tentar esquecer a partida da Kris.
Fui até à minha secretária revirei-a até encontrar a folha que me tinham dado à entrada do metro, nesta dizia “ AULAS DE GUITARRA, NA RUA ALFREDO DA COSTA Nº 5 COM DESCONTO DE 25 % NA APRESENTAÇÃO DO PANFELETO”.
Já queria à muito tempo ter aulas de guitarra, por isso esta altura era perfeita para o fazer.
Saí disparada, abri a porta do quarto dos meus pais que viam televisão na cama. E disse:
- Mãe posso ter aulas de guitarra? Tenho aqui um papel em que dão 25% de desconto se o apresentar.
- Alice tem calma! São 11 horas da noite falamos disso amanha.
- Mas mãe! A Kris vai-se embora para New York e eu estou deprimida, e esta é a altura perfeita para ter aulas de guitarra, para me distrair.
- Alice não sabia. Mas amanhã falamos deste assunto melhor, pois já é tarde e tu devias ir dormir, pois amanhã tens aulas. Vai lá amanhã explicas-me isso melhor ok.
- Esta bem. Até amanhã mãe, boa noite.
- Boa noite.


Episódio 6


Isto não estar acontecer! A Kris não me pode deixar!
Não sabia o que fazer, estava completamente desorientada, não queria acreditar que a minha melhor amiga se ia embora, ela era aquela pessoa que me dava segurança, era sincera comigo, tinha sentido de humor, era uma amiga que não suportava que desaparece-se.
Já passava da meia noite, e não conseguia adormecer, decidi então telefonar a Andreia, não sei porquê, mas telefonei. O telefone tocou, tocou, até que ela atendeu!
- Estou Andreia.
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- Mãe quando é que vamos para New York?
- Vamos daqui a uma semana
-Não pode ser, é o meu dia de anos e eu prometi que ficava cá com a Mary e a Alice
- Não vai poder ser querida, eu sei que tu estás triste por ires, agora mais do que nunca e também sei que elas são como irmãs para ti mas vai ter de ser. Além disso vais ver o Josh, o Jonh e a Emma e poderás ir com eles fazer compras junto à TIME SQUARE é como quando eras criança e íamos todos.
-Eu não vou, embora nesse dia já disse.
- Menina tu não precisas de querer ir. Não te estou a pedir autorização!
Fiquei magoada com aquelas palavras
-Ai é … tchau.
“-Alice não vou poder passar o meu aniversário contigo e com a Mary desculpa” – esta tinha sido a primeira mensagem que tinha recebido quando acordara.
Bela maneira de começar um fim-de-semana

Episodio 7

Uma semana depois …

- Kris, despacha-te! Temos de ir fazer o check- in - reclamou a minha mãe
- Está bem! Já ninguém deseja os parabéns nesta casa! – reclamei eu
- Feliz Aniversário filha! – responderam os meus pais
- Eu sei que tu hoje fazes anos, não me iria esquecer, não te esqueças que te tive aqui dentro de mim durante 9 meses – respondeu a minha mãe
- PARABÉNS KRIS! – gritou a minha irmã - Como presente, hoje não te vou chatear.
- Obrigada Nicole! É um excelente presente … mas tu não queres prolongar o prazo?
- Não, é só hoje e já vais com sorte! – disse-me ela
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Estava super nervosa era o meu primeiro dia na escola de música, e ainda por cima tinha tido uma semana horrível. A Kris ia embora hoje, e a Mary tinha voltado para o grupo da Andreia. Estava bastante irritada com estas mudanças todas, tinha tratado mal o David, pessoa que eu costumava ignorar, sentia-me completamente a “ freak out” o que deveria eu fazer?
Por muito que tenta-se ignorar tudo o que se passava ao meu redor e que se tornava cada vez mais difícil, pois tudo à minha volta se estava a tornar insuportável, até eu própria.
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Nunca pensara voltar outra vez a este mundo. Esta ideia era inconcebível para mim, mas tornara-se muito real, desde o momento em que a Kris avisou que se ia embora. A Andreia tornara-se de novo a minha “ líder” por assim dizer, agora era “ dela”.
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Passara as últimas 9 horas no avião, o meu corpo já se ressentia, por ter estado tanto tempo sentada.
Acabara de aterrar, sentia-me triste por ter deixado as minhas amigas em Portugal, mas sentia-me contente por ter voltado.
Há nossa espera encontravam-se os meus primos, o Josh, o Jonh e a Emma, eles tinham mudado muito desde a última vez que os vira.
- Kristen!



Sexta-feira, 29 de Abril de 2011


Episodio 8

New York estava igual, nada mudara, quer dizer mudar mudou, mas nada de especial. Diz-se que New York é a cidade que nunca dorme porque está sempre cheia de gente, por isso dão o nome de Big Appel.

Tínhamos acabado de chegar à minha NOVA casa, era grande e muito espaçosa. A sala era gigante, os quartos também até tinham casas – de – banho, o que era muito bom pois assim não haveria discussões de manhã, a cozinha ficava mesmo ao lado da sala e também era muito grande.
Fui então ver o meu quarto, fiquei com a boca aberta, o meu quarto tinha vista para o TIME SQUARE!!! O meu quarto era super grande o que era excelente pois já tinha espaço suficiente para as minhas coisas. Em cima da minha cama estavam presentes foi ver então o eram: o 1º tinha sido o meu pai a dar, era um novo par de ténis, o 2º tinha sido oferecido pela Emma e era um Skate novo, o 3º era um novo conjunto de desenho, que a minha mãe tinha comprado, o 4º tinha sido a Nicole e era uma máquina fotográfica nova, o 5º um videojogo que já queria há muito tempo e que o Josh me tinha comprado, o 6º era um saco novo para a ginástica e umas pulseiras muito giras que o Jonh me tinha oferecido, e por fim o último oferecido pelos os meus primos, acho que nunca descrevi os meus primos, bem eles são casados não têm filhos e são muito porreiros, a minha prima chama-se Elena e o meu primo Tom, eles ofereceram-me dois pares de calças de ganga e uns calções, a fazer conjunto com duas t-shirts e outros dois tops muito giros, e ainda com um conjunto de umas pulseiras. Tinha de ir agradecer. Cheguei à sala e não vi ninguém até que acenderam-se as luzes e todos gritaram:
-PARABÉNS KRISTEN!
- OH! Obrigada a todos não era preciso
- Deixa-te lá de tretas – disse o Josh – até tens direito a um bolo e tudo! – e apareceu um pastel de nata
- Como tu não és muito de bolos tens aqui este belo pastel de nata – disse a Emma
- Thanks!
Comi o pastel de nata, tenho de admitir estava muito bom, depois começamos a falar da minha nova escola, a Emma, o Josh e o Jonh disseram-me que a escola era muito porreira e que eu iria gostar, bem isso é que eu amanhã iria ver no dia seguinte. A Emma ficava cá para dormir hoje em minha casa, quando fomos para o meu quarto ela ajudo-me a acabar de arrumar umas poucas coisas que haviam para serem arrumadas, e no final fomos dormir. Este dia tinha sido quase PREFEITO se tivessem cá as minhas amigas, e com este fuso horário entre New York e Lisboa era muito.

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Sempre pensei que o meu dia nas aulas de guitarra me fizessem esquecer o que me perturbava mas não resultara, a minha cabeça não parava de ter flashes das aventuras que eu, a Kris e a Mary tínhamos. Eram bons momentos aos quais nunca tinha dado o devido valor.
Tinha sido a última a sair da aula quando ouvi um grito a caminho da paragem do autocarro. Cusca como eu sou fui ver o que se passava para variar, e quando cheguei aquela pequena ruela, vi um rapaz a ser esmurrado, pensei logo que se tratava de um assalto, então sem pensar, peguei no meu telemóvel e pus um toque de uma sirene do carro da polícia a tocar e comecei a gritar:
- ESTÃO AQUI! POLICÍA AQUI! – disse eu sem a mínima ideia do que tinha acabado de dizer
O homem que agredia tinha fugido e fui então ter com o pobre do rapaz. Era um rapaz com os seus 15 anos, de cabelo preto com uma ligeira ondulação e um pouco comprido. Os seus olhos era pretos, e neles não via medo, mas sim vergonha, não percebi porquê.
- Está bem? – perguntei ofegante por ter acabado de correr, se tivesse aqui a Kris já estava a gozar comigo a dizer que eu parecia mais um zombie.
- Sim, mas agora deixa-me em paz
-Ok, desculpe mas precisa que eu lhe leve ao hospital?
- Não, nem pensar!
- Mas está a sangrar.
- Pois estou e daí?
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- KRIS ACORDA! VAMOS CHEGAR ATRASADAS! – gritou-me a Emma
- Ai! Tem calma só são 7h45min da manhã!
- Ter calma! Estás maluca de vez! As aulas começam dentro de 45 minutos.
- O quê? Tenho de me ir despachar! Estúpidos fusos horários – queixei-me
Fomos a correr, parecíamos umas loucas! Até que chegamos finalmente à minha NOVA escola. Entramos, e a Emma levou-me à secretaria para ir buscar o meu horário e alista dos livros que os meus professores novos me iriam dar. Sentia-me observada por todos, o que era mesmo horrível.
Chegamos à sala nº 14, onde iria ter ciências. Entrei e mais uma vez estava toda a gente a olhar para mim, uns com umas caras muito sérias que até parecia que me iam matar, e outros aos risinhos por alguma coisa qualquer, no qual não me interessava minimamente, fui então ter com o professor Lancelot e ele deu-me o livro e indicou-me o lugar para me sentar, a minha sorte é que era ao pé da Emma GRAÇAS A DEUS! A aula passou depressa a matéria era uma canja da galinha, e também já a tinha dado.


A Emma levou-me ao bar e por lá encontrei o Josh e o Jonh fui então ter com eles.
- Então Kris estás a gostar da tua nova escola? – perguntou-me o Jonh
- Sim, acho só estou aqui à umas duas horas.
- Pois tens razão.
- Olhem! – disse repentinamente – querem ir andar de skate depois de almoço?
- Por mim tudo bem – disse a Emma
- Por mim tudo ok, na boa – disse o Josh
- Desculpem mas não vou poder ir – respondeu o Jonh – é que combinei encontrar-me com a Joanne.
- Oh! Não faz mal fica para outro dia – disse – mas quem é essa tal Joanne?
- Não acredito Jonh! Tu ainda não lhe contas-te? – disse a Emma – Kris a Joanne é a nova namorada do Jonh.
- Ah sim!
- Pois, eu depois apresento-ta um dia – respondeu o Jonh embaraçado
A campainha toca. Bem agora ia ter inglês 1h30min, nessa aula notei algumas diferenças entre o inglês britânico e o inglês americano, eram poucas, mas notava-se.
As aulas tinham acabado por hoje, hoje não iria ter matemática, o que não me importo mesmo nada, detesto matemática, e como às quartas não há aulas à tarde.
- Kris queres ir comer ao McDonalds? – perguntou-me a Emma
- Sorry Emma, mas eu não sou grande fã desse sitio
- Ah pois é! Desculpa esqueci-me completamente.
- Não faz mal, mas se quiseres podemos ir a minha casa e assim comíamos por lá e depois íamos andar de skate, queres?
- Ok então vamos lá!
Chegamos a minha casa e estava lá pizza, portanto comemos depois fui ao Skipe para ver se encontrava alguém.



Episódio 9


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Ai que rapaz mais irritante! - pensei
- E daí eu não o deixo aqui a sangrar, logo ande daí!
- Ok, mas não vou ao hospital!
- Está bem.
Caminhamos até à porta da minha escola de guitarra.
Pedi lá que me dessem da caixa de primeiros socorros de onde puxei do algodão e do alcool e estanquei o sangue seco que provinha dos murros que levara. Aquilo devida provocar imensas dores, mas nem se queixara. Ele era estranho .
-Como te chamas?-perguntei
-Damen e tu?
-Alice.
-Sabes quem eram os homens que te atacaram- perguntei com um tom visivelmente preocupada.
Fez-se um silêncio sombrio que acabou por ser interrompido pela pergunta dele
-Porque é que me ajudaste?...aí
-Desculpa. Sinceramente não sei acho que gostava que fizessem o mesmo por mim.
-Não estás bem com a tua vida pois não?
Pensei antes de responder. Não conhecia aquele tipo de lado nenhum e estava-me a perguntar aqui sobre aquilo que talvez mais me magoava mas que mal fazia provavelmente nunca mais o iria ver.
-A minha melhor amiga foi para o estrangeiro e provavelmente não a volto a ver tão rapidamente e aa minha outra melhor amiga anda com a rapariga mais estúpida da escola, ou seja estou completamente sozinha...como vez nada de mais.
-Ok. Estou a perceber e desculpa por ter perguntado
-Não há problema.Estás pronto- disse-lhe
-Obrigado-respondeu ele com o sorriso matreiro
Peguei na guitarra e liguei à minha mãe a explicar o que tinha acontecido e porque estava atrasada.
A minha mãe ignorou-me pois ainda estava chateada devido a ter-me esquecido de limpar o quarto.
-Ficas bem?- perguntei a Damen que por esta altura já tinha vestido o pesado casaco de cabedal.
-Sim fico.Adeus
Fui apanhar o autocarro.
Já tinha escurecido e já devia passar das oito da noite.Sentei-me na paragem á espera do autocarro.
Estava sozinha no meio daquela rua onde já não passava carros à um bom bocado. Peguei nos phones e pus-me a ouvir musica.
Fechei os olhos pois doía-me a cabeça doia-me mas assim que os fechava não me parava de vir à cabeça
flashes daquilo que se passara naquela ruela, da vergonha que aqule rapaz demostrava no olhar.
- Alice
-Dri-disse atrapalhado interrompendo o meu pensamento.
Dri era a alcunha do Rodrigo Santos da minha escola . Este era um rapaz popular lá na escola, mas apesar disso este era um rapaz bastante normal e acessivel com o cabelo curto preto e os olhos castanhos.
-Desculpa não te queria assustar!
- Não há problema ... O que fazes aqui?
-Eu vou para casa
-Eu também vou. Tou só à espera do autocarro
-Queres que espere contigo!?
-Não obrigada o autocarro deve estar mesmo a chegar.
-Ok então vemo-nos amanhã na escola.
- Está bem. Xau
-Adeus
Passado alguns minutos chegou o autocarro. Entrei este estava quase vazio então tirei o casaco e comecei a desenhar no meu caderno de musica .
Os riscos que formara o desenho inicialmente não passava disso mesmo, de riscos, mas estes começaram a formar um anjo,mas não um daqueles normais,este era diferente, era um anjo negro. Mais o carvão desenhava mais as linhas do rosto ficavam mais realçados, formando um rosto, o de Damen.O lápis continuava a mexer quase sozinha formando o que parecia ser uma manhcha de sangue junto as botasa pesadas que ela calçava . Este estava vestido com uma calças de cabedal e uma t-shirt preta.
Aquela imagem que o desenho formara esta finalmente completo.
Agora finalmente conseguia ver o sangue que lhe corriam pelas cicratizes pelo corpo e pela pequena lâmina com um cabo de madeira que este segurava . Conseguia ver o seu olhar perdido e de dor. Das asas negras via-se as penas a cair como folhas de outono, esta queda era progressiva que parecia estar a destrui-lo, a despir-lhe a sua beleza
Saí na paragem do Principe Real e corri para casa onde a minha mãe me esperava com ar de poucos amigos.
Após lhe explicar o que se passara e ter percebido que era devido à minha camisola estar ensanguentada que as pessoas me olhavam de lado no autocarro fui jantar.
Após jantar, fui para o quarto, com aquela perturbadora imagem daquele rapaz todo esmurrado, estava bastante perturbada e a minha primeira reacção foi mudar de t-shirt e pegar no computador e ir para o skipe, para tentar falar com a minha amiga. A Kris. Era estranho pois já não a via há mais de duas semanas, mas como estava tão agoniada com aquele cenário, que tive de o fazer.
- Que sorte a Kris está online! – disse eu para mim mesma, já não aguentava tinha de falar.
- Kris, are you there? – disse-lhe no gozo
- “ Yes I am! Já há muito tempo que não falávamos! Estou a ver pela a tua cara que tu não estás lá grande coisa, não é verdade? ” – é engraçado ela sabe logo como é que eu me sinto – pensei
- Bem tu sabes sempre o que se passa comigo é impressionante! Nem que estejas não sei quantos quilómetros de distância!
- “ Pois, tu sabes como é que é”
- Desculpa por estar a incomodar, mas é que eu preciso de falar com alguém.
- “ Oh! Alice tu nunca me incomodas. Vá deita tudo cá para fora!”
- Bem tu nem sabes o que me aconteceu hoje. Estava a ir para casa depois de ter tido as aulas de guitarra, até que eu ouvi um grito, e como tu sabes que eu sou muito cusca, foi ver o que se passava, e foi então que vi um rapaz a ser esmurrado, e a minha primeira reacção foi por um toque de um carro da polícia que tinha no telemóvel, o agressor fugiu e eu foi ter com o tal rapaz para ver os seus ferimentos para o ajudar, ainda tentei leva-lo para o hospital mas ele não queria, e acabei por leva-lo á escola de música para estancar o sangue, o mais esquisito disto tudo é que ele não se queixava, depois de estancar o sangue cada um seguiu as suas vidas.
- “ OH MY GOD! E como é que tu estás rapariga? Deves ter apanhado cá um susto!”
- Podes querer! Kris eu estou super agoniada aquelas imagens não saem da cabeça, não tiro aquele rapaz da minha cabeça!
- “ Bem o que posso dizer-te agora é que tu tens de pensar em outras coisas. Então como vão as coisas aí? A Mary está boa?”
- Bem por aqui não vai lá grande coisa. A Mary já não anda comigo, agora anda com a Andreia.
-“ A sério!?”
- É verdade
- “ Olha amiga tenho de ir almoçar, depois falamos está bem? Adorei falar contigo já estava cheia de saudades.”
- Eu também, adeus Kris, depois falamos. Beijos
- “Beijos amiga!”
E assim terminou a nossa conversa, soube bem, consegui desabafar tudo aquilo.



Episódio 10

Adormeci passado um bocado apesar da minha cabeça latejar por todos os lados.
Acordei com o som do despertador que tocava parecia como uma buzina aos meus ouvidos e a minha cabeça que apesar de já ter descansado parecia que ia rebentar.
Desloquei-me a rastos para a banheira e liguei o chuveiro. A água escaldava quando tocava na minha pele deixando-a vermelha mas parecia estar a reduzir as dores que sentia no meu corpo e na minha cabeça. Parecia que tinha levado uma tareia apesar de não ter feito nada que na minha opinião pudesse estar a provocar tais dores no meu corpo.
Sai deste muito melhor e vesti o meu vestido roxo com apontamentos pretos e a minha encharpe cinza. As minhas caneleiras pretas às riscas brancas preenchiam quase todo o espaço que o tecido roxo não tapava por fim calcei os meus all stars azuis escuros e pus a minha mochila às costas.
Muita gente não aprovava o meu estilo se calhar por ser demasiado alternativo, não sei. Penso que algumas vezes era como uma barreira para os outros, devido a este ser um pouco diferente do comum.
Peguei nos meus headphones pu-los na cabeça.

Quando cheguei à sala vi a minha mãe com duas torradas na mão e a minha avó sentada no cadeirão marron que esta adorava.
- Alice despacha-te ou chegas atrasada -disse a minha mãe enquanto acabava de barras as torradas com manteiga e preparar o chá para ela e para a minha avó.
Peguei numa das torradas ,fui ao frigorifico e tirei o leite, rodei até ao armário de onde peguei na caneca e enchia com o leite.
Engoli a torrada quase inteira e bebi o leite a correr.
Faltava meia hora para as aulas, mas como tinha de ir de transportes públicos algumas vezes demorava mais do que seria de carro, ou seja, mais 15 minutos como os outros.
Corria de um lado para outro enquanto penteava o meu cabelo que ainda estava húmido e escovava os dentes.
O meu pai ainda estava a dormir pois tinha apenas regressado às três da manhã do trabalho, logo ao contrário do que me prometera não me ia levar à escola.
Despedi-me de casa e corri para o autocarro que felizmente apanhei.
Cheguei à escola ainda faltava dez minutos para as aulas.
Fui ao cacifo buscar os livros quando para minha surpresa ao fechar a porta do cacifo vi o Dri ali especado a olhar para mim.


Episodio 11

-Olá – disse
-Olá –respondeu sorrindo - Chegaste bem a casa ontem?
-Sim cheguei - disse. Era a primeira vez que alguém perguntava se eu estava bem desde a partida da Kris
- Olha, posso te pedir um favor?
-É claro – disse-lhe surpreendida com tal pergunta.
- Tu és uma das melhores alunas da turma a Inglês e a português podias-me ajudar com a matéria é que sou um zero à esquerda …
- Está bem mas não temos muito tempo, os testes do final do período estão a chegar, temos apenas duas semanas para preparar tudo.
- Podia-mos combinar hoje o que achas -perguntou um pouco receoso da minha reacção
-Por mim tudo bem
- Dri, meu, despacha-te, o pessoal não espera mais por ti.
- Já vou David – respondeu
-Então até logo - disse-lhe
-Até logo o quê tu não vais para a aula de Português?
- Vou mas...
- Mas sem mas nem meio mas vens comigo.
Puxou-me pelo braço. Dri fazia parte da equipa de futebol e basquetebol da escola e tinha os braços bem compostos.
Estávamos quase a chegar à sala de aula quando a Andreia barrou-nos a entrada.
- Ó tu, sua grande parvalhona, larga o meu namorado - vociferou ela irritada. Após isso esta deu-me um pontapé nas canelas, que me deitou ao chão com as dores e beijou-o .
Este empurrou-a até esta o largar e foi me ajudar.
-Eu disse-te que não era boa ideia, porque é que te dei ouvidos – disse-lhe bastante perturbada dando um esticam para me libertar do braço dele.
-Desculpa não esperava que isto acontecesse.
- Virei-lhe as costas praguejando devido às dores que tinha na perna.
Sentei-me na mesa da frente junto ao professor. Dentro da aula de Português tudo era uma confusão, o professor não metia qualquer respeito aos alunos.
Eu era dos poucos que tirava algum rendimento desta aula, pois a paixão que via no professor Rúben pela língua fascinava-me fazendo que também eu quisesse ter essa paixão. Os poemas de Camões, onde os monstros e as criaturas marinhas reinavam no oceano sem fim onde apenas os bravos ousavam entrar para alguns não saírem, ou mesmo, o sentido cómico de Almeida Garrett que gozava com a sociedade do seu tempo fazendo, mesmo um retrato desta, isto tudo, maravilhava-me pois estes homens tornavam a língua em Imagens, em cenas, sonhos, pensamentos.
Mas quando a aula acabou sabia que ia voltar ao mundo real, onde não havia um José Félix e uma Joaquina para nos salvar a pele.
-Saí o mais rápido que pude mas não suficiente, pois fui agarrada pelo braço pelo Dri no corredor.
O corredor estava quase vazio, toda a gente já se tinha dispersado para o pátio e a sala de convívio. Tentei fazer que este me largasse o braço mas nada parecia resultar, foi então, que este me empurrou contra a parede do corredor e encostou-se a mim tentando evitar que eu começa-se a espernear e a bater-lhe na tentativa de sair dali.
-Para quieta – disse-me baixo
- Larga-me, não quero falar contigo, vai ter com a tua namoradinha pois eu não estou para ser o saco de pancada de ninguém – vociferei
- Andreia não é minha namorada e além disso eu não vou deixar que ela te faça mal outra vez.
- Viu-se à pouco, eu levei um pontapé e tu não fizeste nada.
- Nunca pensei que ela fosse fazer isso, nós já acabemos à mais de um mês.
-Esquece, não tinha tido problemas até tu chegares e assim vou continuar…
- Sozinha.
-Sim sozinha – tais palavras fizeram a minha garganta secar.
Este encostou a cara dele à minha e sussurrou-me ao ouvido mas não consegui perceber o que ele dizia pois a minha respiração ofegante e o meu ritmo cardíaco acelerado bloqueou os meus sentidos. Não consegui reagir.


Episódio 12

olá pessoal! já há muito tempo que não publicamos um episódio novo da história...desculpem-nos por favor mas com as férias não deu muito tempo, pois não deu para nos encontrar-mos e era tudo por telemóvel.
o novo ano escolar está a aproximar-se, e nós vamos tentar publicar mais vezes, apesar de este ano ser mais difícil pois acabamos de passar para o 9º ano, e vamos ter muitos testes e exames ... pedimos que compreendem, e não se esqueçam, comentem, sigam, .. .
bjs esperemos que gostem deste novo capitulo :)


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Acerta altura acordei tinha tido um sonho muito esquisito o que me fez lembrar aqueles sonhos que tinha quando estava em Portugal, o que me fez pensar que já tinha passado um mês desde que eu cheguei a New Yourk, e para ser sincera eu sentia muitas saudades de Portugal, já não falava com as minhas grandes amigas há muito tempo. A última ez que tinha falado com a Alice tinha sido por Skipe ela tinha-me contado que a Mary tinha deixado de andar com ela e que tinha voltado para o grupo da Andreia, pensando bem na altura em que a Alice tinha-me dito não reflecti muito, mas agora estava a matutar no assunto, eu sempre soube que a Mary no inicio tinha tido uma crise de ciúmes quando a Alice chegou à “nossa” escola , mas isso depois passou tudo…
- Kristen!!! Acorda estás à espera do quê para tu te levantares!? – interrompeu-me a minha mãe , o que era muito habitual da parte dela quando estou a pensar.
- Mas mãe hoje é sábado! Posso ficar na cama até quando me der genica para sair da minha cama! – reclamei.
- Pois…mas tu não ias andar de skate com os teus amigos!?
- Ah! Pois é! Que cabeça a minha!
- Tu, tu minha menina deves comer muito queijo!
“Comer muito queijo”!? Nem por isso ! - pensei
Comi à pressa pois já estava atrasada para variar….e lá fui eu a correr desalmadamente para não chegar atrasada. E CONSEGUI! Lá estava a Emma e o Josh à minha espera, era muito estranho pois o Jonh agora andava mais com a namorada, e ele até apresento-ma, a Joanne pareceu-me ser uma rapariga fixe, mas ele já não andava praticamente connosco…
- Olá Kris! – disseram os dois em coro.
- Olá malta! Bora lá andar de skate?
- Estás á espera do quê!? Bora!
E lá fomos nós os três…todos contentes da vida como nada mais existisse.

Comecei então aos meus pensamentos, tinha bastantes saudades das minha amigas, estar com a Emma, o Josh e o Jonh era bom mas as minha aventuras com as minhas BF’S iriam ficar sempre no meu coração e nada, mas mesmo nada mo pode tirar estes momentos…
- KRISTEN! CUIDADO!
E quando olhei PUMBA! Caí para variar…mas o chão desde que me lembre não é quente, nem macio, nem cheira bem, pensei até que olhei e vi que tinha caído em cima de um rapaz! Que vergonha!! Oh MEU DEUS! Era desta que eu ia para melhor!
-Ai! Desculpa-me! Não te tinha visto. -desculpei-me.
-Não faz mal, mas agradecia que saísses de cima de mim – respondeu-me.
-Desculpa-me mais uma vez – depois de me levantar é que vi que tinha caído em cima de um rapaz loiro, olhos azuis, e o seu cabelo tinha aquele jeito para o lado, o que ficava mesmo bem!

Mas o que eu estou a pensar. Kristen ACORDA! Não vês que ele é só um rapaz, que provavelmente deve ter a sua dose de idiotice, para variar, pois todos os rapazes, ou quase todos têm a sua dose de idiotice mais estupidez junta, e depois puf há sempre alguém que fica mal e normalmente é a rapariga.
- Não faz mal – disse-me
- Ok! Então adeus! – despedi-me


Episodio 13

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Este acabou por se afastar suavemente deixando-me assim, naquele estado de choque. O meu corpo ardia como se tivesse em chamas, os olhos dele penetravam em mim como raios e eu tentava parecer normal e controlada mas era impossível.
-Desculpa, não te queria magoar mas…- não respondi, sai a correr dali.
Corri até ao portão da escola foi então que durante a minha tentativa desesperada de fuga me cortei na mão.
A minha adrenalina dissipava-se á medida que o sangue escorria do corte mas com ela uma estranha sensação de conforto que me fez parar nos bancos do parque que se encontrava à frente da escola.
Observei a mão, o sangue corria de uma forma estranha, a cor que este mostrava era estranha, parecia que o escuro vermelho brilhava, comecei então a alucinar pois junto a este estranho fenómeno veio uma voz que dizia: ”tu és o proibido em ti existe grande ódio e o grande amor do anjo e do demónio que te criaram e a dor do homem que te trouxe ao mundo, tu és o último ser, aquele que tem o mundo na mão e que não pertence a ninguém” a voz repetia isto outra e outra vez não parava.
-Estás bem? -vi Dri a olhar para mim com um ar um tanto preocupado virei a mão palma de mão para ele.
- Cortaste-te se calhar é melhor ires desinfectar isso à enfermaria.
- Não, olha para o sangue, este está a brilhar.
- Ele está normal estás a delirar, vamos mesmo à enfermaria.
Não me lembro muito a partir daí só me lembro de acordar em casa e ouvir a voz de Dri. Revirei os olhos ele estava a falar com a minha mãe sobre o que se tinha passado, estava a coca de tudo.
-Mãe o que se passou? – Porque estou em casa?
-Estás com febre e começaste a alucinar quando o Dri te encontrou com um corte na mão e te trouxe a casa e me ligou do teu telemóvel.
-Obrigado Dri.
Voltei a adormecer e só acordei, já passava das duas da manhã e em casa estava tudo silencioso. Não tinha sono mas o meu corpo estava mole. Resolvi então ligar o computador, fui ao facebook mas não tinha lá nada de especial, foi então que fui ao Skype e lá estava a Kris, hesitei mas precisava de falar com alguém sobre o que sucedera e a Kris era quem melhor me conhecia, então comecei a teclar…



Episódio 14




Após ter contado aquilo tudo à Kris e ela ter pensado que eu estava a ficar maluca, sentei-me na cama questionando-me a mim própria o que passava comigo, foi então que de repente caiu para o chão a minha mochila, que se encontrava em cima da cadeira da secretária.
Apesar de aberta, apenas tinha caído o meu caderno de música que não sei porquê se abriu nalguns dos desenhos que costumava rabiscava enquanto esperava pelo autocarro que me levava a casa mas neste todos houve um que me despertou a atenção…
Após aquele estranho episódio que ocorrera junto à minha escola de guitarra eu desenhara Damen foi então que como um flash tudo pareceu tentar fazer algum sentido, tudo isto tinha começado naquela noite, que salvara a vida aquele rapaz, os desenhos estranhos, o corpo que ardia, o sangue que brilhava e os pesadelos que se acumulavam todas as noites na minha cabeça … tinham começado ali com aquele rapaz.
Tinha do encontrar…
Fechei os olhos e acabei por adormecer.
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Ok tinha acabado de falar com a Alice, e ela tinha contado uma história muito esquisita. Em que ela tinha ido contra o Dri e que depois tinha fugido e que tinha cortado a mão…bem ela estava definitivamente a ficar doida. Mas depois comecei a pensar melhor naquilo que ela tinha acabado de me contar e começou a fazer sentido… bem Kristen não penses nisso senão ficas mais maluca do que aquilo que tu já és! A Alice também me contou todas as novidades , tais como a sua aproximação com o Dri, e a inveja da Andreah , mas que grande confusão que vai naquela escola!! Também contei as minhas novidades, tais como a JE ter caído para cima de um rapaz em pleno parque de skate e de ter confundido o chão com o corpo do rapaz! Ela achou imensa piado quando lhe disse que não me lembrava que o chão era confortável e que cheirava bem!!

Resumindo sobe bem falar com a Alice!
Comecei então a pensar que as férias estavam a começar, e lembrei-me que eu podia ir passar umas semanas a Portugal! Pois estava cheia de saudades das minhas amigas, e queria fazer uma surpresa. Fui então falar com os “patrões” e ambos acharam uma excelente ideia!
Durante as próximas semanas, eu Kristen vou preparar-me à grande e à francesa a minha ida a Portugal! – pensei eu toda entusiasmada , e tipo neste momento era suposto dar aquela música dos filmes “ran-ran” ou algo parecido!








Episódio 15!!!


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Acordei, levantei-me e ouvi bater à porta, estranhei, tinha a noção que não era cedo e que a minha mãe me havia deixado dormir, mas tinha ouvido que a minha avó ia visitar a minha tia … mas então que seria ??
Abri a porta do prédio e ouvi alguém a correr a escada a cima.
- Alice! – Era o Dri, abri a porta, este abraçou-me com tanta força que até parecia que ia ficar sem ar!
- Dri! Estás – me a apertar !!
- Desculpa Alice, estava preocupado, a tua mãe ligou-me e disse que ias ficar sozinha pois o teu pai não conseguiu sair do trabalho…
- Para variar…
- Para variar!?
- O meu pai não é propriamente a pessoa que tem mais paciência e presença na minha vida. Para ele eu devia ser um génio marrão que viveria, respiraria e sonharia com medicina e advocacia! Mas, pelo contrário saí-lhe uma miúda que é boa aluna, mas não um génio e que prefere milhões de vezes artes e música a qualquer tipo de ciência ou advocacia!











- Eu entendo-te…
Sentamo-nos no sofá e encostei-me a ele, ele tentava desesperadamente fazer-me sentir confortável eu apenas me ria fazendo que esse passado um bocado começasse a descontrair.
- Sabes eu não mordo!
- Bem, isso eu não sei.
- Vou-te contar um segredo.
- O que é?
- TU ÉS UMA DAS MELHORES PESSOAS QUE EU CONHEÇO!!
-Não tens direito de dizer isso.
- Porquê!?
- Porque eu sou a MELHOR PESSOA QUE EXISTE!!
- E também convencida…
-Estou a brincar, mas estás-me a deixar corada.

Dei uma peque gargalhada e voltei-me a encostar a ele, acabando por adormecer